Carteira de novos projetos para o próximo triênio foi detalhada em evento realizado na B3, em São Paulo
Por Assessoria Especial de Comunicação Social
Ministério de Portos e Aeroportos
A retomada da economia brasileira aliada a novas oportunidades de investimentos nos modais de transportes tornaram o Brasil um dos países mais procurados por investidores de todo mundo. Para captar novos recursos, ampliar o diálogo com potenciais interessados em investir na nona economia mundial e trocar experiências com o setor privado, o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) promoveu nesta quarta-feira (6) o Open Ports & Waterways Brasil 2024 (OPW).
Durante o evento, o ministro do MPor, Silvio Costa Filho, falou sobre a carteira de investimentos no setor portuário e hidroviario e os novos projetos previstos para os próximos três anos. Nesse período, a pasta vai leiloar 35 empreendimentos de Norte a Sul do país, sendo 35 no setor portuário. Essas áreas estão localizadas em diversos Portos Organizados, como Recife (PE), Fortaleza (CE), de Itaguaí (RJ), Rio de Janeiro (RJ), Vila do Conde (PA), Santana (AP), Paranaguá (PR), Rio Grande (RS), entre outros.
Costa Filho destacou que o momento positivo da economia brasileira é resultado do diálogo internacional e a retomada nos investimentos públicos promovidos pelo governo do presidente Lula. “Todas as bases econômicas, controle inflacionário, redução na taxa de juros, equilíbrio nas contas públicas e a retomada de investimentos são reflexos da agenda internacional do governo… A gente tem procurado ouvir muito o setor produtivo, que é quem gera emprego e renda e produz alimentos para o nosso povo”, frisou o ministro.
De acordo com Costa Filho, hoje, das 10 principais economias do mundo, o Brasil passou a ser a segunda mais procuradas por investidores internacionais. “O mundo tem quase 3 trilhões de dólares à procura de investimentos, em portos, aeroportos, rodovias, estradas, infraestrutura e qualquer empreendimento logístico. Nós estamos preparados para receber todo esse aporte para fazer o país crescer, e é por isso que a gente tem trabalhado muito”, finalizou.
Concessões e arrendamentos
Os novos arrendamentos e concessões vão alavancar a infraestrutura dos transportes logísticos do país. No setor portuário, por exemplo, estão previstos investimentos em novos terminais e concessões de R$ 14,5 bilhões entre 2024 e 2026. Este ano, 16 empreendimentos no modal irão a leilão, com previsão de investimento da ordem de R$ 8 bilhões. No próximo ano, 11 ativos serão levados à concessão, o que deve gerar aporte de aproximadamente R$ 5 bilhões para o setor portuário. Para 2026, a projeção do MPor é promover arrendamento de 8 empreendimentos, que, juntas, devem gerar R$ 1,6 bilhão em investimentos.
O MPor possui grandes expectativas também com os projetos de concessão de canais de acesso aos Portos. Nesse modal, faz parte da carteira de projetos a concessão do Canal de Acesso do Porto de Paranaguá que, atualmente, está em fase de ajustes nos estudos a partir das contribuições recebidas durante realização de audiência pública. Da mesma maneira, teremos o arrendamento da concessão de acesso do Canal de Itajaí. O leilão dessas áreas está previsto para ser realizado primeiro semestre de 2025. O portifólio de investimentos também conta com concessão do Canal de Acesso dos Portos de Santos e Rio Grande e Bahia.
No setor das hidrovias há 5 concessões previstas, como a Barra Norte, Rio Madeira, entre outros, com leilões já previstos para 2025. A concessão de hidrovias é medida pioneira, inovadora e visa trazer investimentos e melhores condições de segurança e navegabilidade nas principais hidrovias navegáveis do País, além de servir de importante meio de escoamento de produtos para várias regiões.
Parceiros privados
Entre os principais objetivos do Governo Federal para desenvolvimento dos modais portuários e hidroviários estão a expansão, modernização e otimização da infraestrutura e a ampliação da cadeia logística para entrada e saída de cargas nos principais portos. Esse trabalho será realizado em grande parte em parceria com a iniciativa privada. O trabalho conjunto entre poder público e setor privado vai garantir a aceleração dos projetos e a criação de novos postos de trabalhos, que, consequentemente, vai refletir em melhora na economia brasileira.
O nosso desafio no ministério é acelerar a carteira de investimentos. Quanto mais a gente acelera, mais a gente está levando recurso, que se transforma em crescimento e geração de emprego e oportunidade para a população, ressaltou Costa Filho.